"O mundo mudou"


Ouço essa frase desde que me entendo por gente e me lembro que sempre achei que havia um saudosismo exagerado nisso. É óbvio que mudamos...a mudança é inevitável pois faz parte do processo que vivemos aqui, se entendemos que diante do mundo estamos apenas tentando descobrir o que deve ser feito, tentando acertar, tentando encontrar respostas ou aprender a fazer as perguntas.  Mas o fato é que nesse meu curto (nem tanto) tempo de vida, já é possível notar que do mundo que eu conheci na infância dos anos 80/90 nos resta muito pouco e que as transformações que ocorreram, sejam positivas ou negativas são, em sua maioria, irreversíveis. Mudamos o modo como nos relacionamos uns com os outros e com o mundo. Mudamos nossa forma de nos comunicar, de entender, de pesquisar, de fazer política, de acreditar e de esperar. Aliás, eu diria até que desse último, nós esquecemos. Somos da era fast e buscamos por essa velocidade em toda nossa forma de viver. Agora, antes que o meu discurso tome um rumo meramente nostálgico, o que me traz inquietação não são as coisas que aconteceram, mas o que está por vir...Não que eu tenha uma visão profética para compartilhar, mas há uma coisa que nós perdemos em toda essa mudança que me gera temor quanto ao nosso futuro: A capacidade de dialogar. Uma rápida olhada nas redes sociais é o suficiente para perceber isso e essa incapacidade se estendeu para nossas casas e ambientes privado. Se não há diálogo, não há tolerância e sem ela estamos entregues ao terrorismo extremo. A tecnologia nos trouxe tantos saldos positivos, mas a impressão que tenho é a de que estamos fazendo com ela o mesmo que fizemos com o planeta, usando de forma inadequada e colhendo com isso frutos nocivos. Se ainda há tempo para encontrarmos um meio de viver, evoluir e deixar um legado mais positivo que negativo para a próxima geração? Não sei. Não sei dizer o que devemos ou como devemos fazer. Mas acredito que para o avanço ser equilibrado, é preciso estar sempre com um olho no passado. 

Para mais sobre esse assunto e a fonte dessa minha reflexão, assita ao video:



Comentários

  1. O interessante Evanildes é que não há modelos a seguir. Construimos o caminho ao caminhar, e concordo contigo, o passado precisa estar sempre presente, pois dele aprendemos lições muito importantes, mas fixar-se nele é parar no tempo e esquecer justamente de que continuamos em movimento.

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