RÁDIO, TV E EDUCAÇÃO.


Na era da internet, esse tema pode parecer que remete à outros tempos, onde esses eram os meios de comunicação mais utilizados. No entanto, do ponto de vista pedagógico, esses meios de comunicação são ainda um desafio para novos educadores ao mesmo tempo em que representam inovação de práxis pedagógica na busca por qualidade de ensino.



Desde Roquette Pinto, a rádio foi pensada como um poderoso veículo educacional, que além de possuir grande alcance em números, alcançava também um público que não estava nas escolas, a exemplo dos trabalhadores, analfabetos e pessoas nas localidades mais distantes. Hoje, pensando em práticas pedagógicas, a rádio traz para a escola um leque enorme de possibilidades que permitem ao educador explorar as mais diversas habilidades nos alunos, dentro de um conceito interdisciplinar e que possibilitam ainda um experiência de conexão direta com a comunidade em que a escola está inserida e também com o mundo.  Veja esse exemplo de uma escola municipal na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, que a partir do programa do MEC, o mais educação, instalou uma rádio totalmente produzida pelos alunos e a repercussão dessa iniciativa:


Quanto ao uso da TV, a maior barreira encontrada é a da total desassociação que foi criada entre TV x EDUCAÇÃO, levando a maioria dos educadores a compreender que a TV no Brasil faz um desserviço à população, a partir do momento em que é carregada de interesses puramente comerciais. Há ainda o fato da manipulação de ideias que um veículo de massa como a TV proporciona e que fazem dela um recurso non grato na sala de aula.



No entanto, é possível impedir que isso aconteça? Será que há como impedir que os alunos assistam a TV em suas casas e  sejam (querendo o professor ou não) educados por ela? Não, não há como. Sendo assim, acredito que seria mais coerente trazê-la para sala de aula e, a partir de discussões com base no conteúdo ofertado à população, proporcionar aos alunos o desenvolvimento de senso crítico, para quem sabe assim, ajudá-los a fazer melhores escolhas.

É preciso esclarecer que o que aqui é discutido e analisado não são os equipamentos eletrônicos, não se trata de uma tv ou de um aparelho de rádio sendo utilizado como "ferramenta pedagógica" na sala de aula... O que de fato importa para a educação são as linguagens desses meios de comunicação tão presentes em nosso dia a dia, sendo incorporadas à escola e suas práticas.

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